quinta-feira, 5 de maio de 2011



“Pedi pra mãe – me interna, to infeliz pra caralho.” 

Tequila, café e cigarros exatamente nessa ordem me preenchiam. 
Aquela velha história do amigo engarrafado me era completamente aplicável, não havia companhia melhor. Porque eu não desejava conversar, pessoas se preocupam demasiadamente e eu não precisava de especulações, conversas enfadonhas e repetir tudo o que estava acontecendo comigo. Não. 
Eu não quero falar sobre isso. Isso o quê? Se eu tivesse noção do que era. 
Acontece que esses dias estão tortuosos e eu não desejo levantar-me daqui, a poltrona já adquiriu o formato do meu quadril e a TV me dá o entretenimento necessário para continuar trancafiada aqui. 
Sossego é o que eu quero. 
Desde que ele fora embora eu ouço versos que me falam sobre amores arruinados, o coração já não bate, esquecera completamente o tal do Tum-tum-tum. 
Será que o coração bate assim? Há algum tempo que não sei como ele reage, porque os dias estão vazios. Sabe toda aquela ideologia de que é possível viver sozinho?
 Pois é. Acreditava nisso piamente porque ele estava ao meu lado, agora que se foi tudo é cinza. E eu chorei um oceano inteiro essa noite. 
Eu precisava esvaziar. 
Porra eu preciso ser internada.




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